Florais azuis, de Ana Felix Garjan
(pintura sobre cetim francês)
Poema de florais azuis
para Drumond
para Drumond
Sentado em seu banco de sal
De pedra, cal e areia
Namora com as águas do mar.Os sóis no horizonte oriental
São testemunhas do tempo.
São testemunhas do tempo.
E o poeta Drumond
Sente e fala pela alma e coração
dos poetas do planeta.
Ele diz a cada um:
Homenagem Poética I
Mundo grande,
de Carlos Drummond de Andrade
Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme.
Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo
e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo issonum só peito de homem... sem que ele estale. Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo... Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos – voltarão? Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas. (Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam.) Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. – Ó vida futura! Nós te criaremos.
Elementos culturais, de Ana Felix Garjan (AST)
Homenagem Poética III
Carlos Drumond de Andrade
Mundo grande,
de Carlos Drummond de Andrade
Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme.
Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo
e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo issonum só peito de homem... sem que ele estale. Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo... Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos – voltarão? Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas. (Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam.) Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. – Ó vida futura! Nós te criaremos.
Homenagem Poética III
Carlos Drumond de Andrade
O mundo global pode mudar. A paz é poesia e só o amor é arte. Nos meus sonhos há luzes e sons cósmicos e universais!´Não te ofereço nada além das flores dos meus jardins nos castelos em Órion. Lá é o lugar onde estão as luzes flores, cometas e estrelas, sempre em doce primavera nos espaços cósmicos da alma. É lá que onde estou e moro onde podemos nos encontar a qualquer hora, para um divino chá. Ana Felix Garjan. Agosto de 2009
...........................................
http://twitter.com/anagarjan
http://twitter.com/anagarjan
Fundação Artforum Brasil Unifturo-10 anos
Projetos Artforum Brasil 2010:
*** "Cartas e Artes do Futuro"
*** "Poeme-se pela Paz e Defesa do Planeta"
*** "Brasil e Portugal" - Arte e Poesia,
Seus artistas e poetas.
*** Coletânea Majestade ArtePoesia
*** Antologia Latinidade
Links relacionados:
http://revistaartforumcultural.blogspot.com/
.
http://forumculturaldomundo.zip.net/
http://forumdasartescultura21.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário